O Juiz da 1ª
Vara Especializada de Violência
Doméstica e Familiar contra a Mulher de Cuiabá, Jamilson Haddad, indeferiu pedido de prisão preventiva
feito pela empresária Mariana Vidotto contra o advogado Cleverson Contó. O
magistrado negou os pedidos de busca e
apreensão de aparelho celular e monitoramento eletrônico.
Na decisão, o juiz aponta a ausência de elementos mínimos que comprovem a
versão apresentada por Vidotto, seguindo o parecer do Ministério Público no
mesmo sentido. O magistrado ressalta que a narrativa é grave, mas que Mariana
Vidotto “não trouxe elementos suficientes” para a decretação de nenhuma medida
solicitada.
Por outro lado, o juiz Jamilson Haddad acolheu pedido formulado pela defesa de
Contó ao determinar a realização de estudo psicossocial. Após a apresentação
espontânea em juízo e encaminhamento de provas, a defesa solicitou um
aprofundado estudo de profissionais.
O advogado de defesa, Eduardo Mahon afirma que a negativa judicial aos
sucessivos pedidos de Mariana Vidotto é “sinal de bom senso do Poder Judiciário
que não se deixa levar pela pressão midiática”.
A defesa aponta ainda que “não se mostrou minimamente plausível a versão
inicial apresentada à opinião pública. Não há 20 vítimas, não há prova alguma
dos gravíssimos fatos e o Dr. Contó foi vítima de uma articulação na
mídia”.
Não houve união estável
A defesa apresentou junto ao processo acordo assinado por Mariana Vidotto
reconhecendo não ter havido qualquer união estável. “Além do contrato, juntamos
áudios em que a suposta vítima reconhece claramente não ter havido qualquer
violência”.
A defesa
ainda espera que seja apurado o delito
de extorsão e de denunciação
caluniosa. As autoridades policiais já foram acionadas pelo advogado
Cleverson Contó que formalizou em juízo a ocorrência contra Mariana Vidotto.
Parecer ministerial
A decisão do juízo da 1ª Vara Especializada em Violência Doméstica foi
proferido na noite desta segunda-feira (21). No mesmo dia, o Ministério Público
Estadual (MPE) emitiu um parecer contrário aos pedidos formulados por Mariana
Vidotto.
A promotoria especializada de violência doméstica se posicionou de forma
contrária ao pedido de prisão preventiva e a imposição de outras medidas
cautelares contra o advogado, por falta de provas concretas.
A fragilidade das acusações da influencer – de que seu ex teria provocado um
relacionamento abusivo – se evidenciou em também no não oferecimento de nenhuma
ação penal por parte do Ministério Público.
Cleverson Contó permanece em Cuiabá e à disposição do Poder Judiciário para os
devidos esclarecimentos. Em sua defesa, o advogado vem apresentando uma série
de provas que demonstram as reais intenções da campanha difamatória que vem
sendo empreendida contra ele.
Mariana já chegou a pedir R$ 500 mil de Clevérson Contó como forma de chantageá-lo para não ir ao Ministério Público noticiar “informações caluniosas” contra o ex-namorado.