A motorista apontada como responsável pelo atropelamento de duas jovens – uma delas não resistiu aos ferimentos e morreu cinco dias após, no centro de Chapecó, teve seu direito de dirigir suspenso até o final do processo e participará de audiência de instrução e julgamento no próximo dia 31 de março. Na oportunidade, serão ouvidas testemunhas de acusação e defesa e, na sequência, a própria ré.
O juiz Jeferson Osvaldo Vieira, titular da 1ª Vara Criminal, onde tramita a ação, explica que esta etapa serve para produção de provas. “Depois iniciam os prazos para manifestações do Ministério Público e do advogado de defesa, sobre as provas apresentadas na audiência. Por último é definida a sentença para a ré, o que não é possível precisar quando deve acontecer”, ressalta Vieira.
Denúncia
A denúncia do Ministério Público apontou a motorista do carro como responsável pelo acidente ao cruzar a via com sinal vermelho e atingir outro veículo, que acabou por arremessar seu automóvel para a calçada onde estavam as vítimas.
A mulher é acusada de homicídio culposo, quando não há intenção de matar e por isso o caso não vai a júri popular. O agendamento da audiência de instrução e julgamento foi publicado no dia 17 de janeiro.
O documento também determina a suspensão do direito de dirigir da acusada até o final do processo. A mulher tem o prazo de cinco dias para entregar a Carteira Nacional de Habilitação. O atropelamento aconteceu na tarde do dia 22 de novembro de 2018.
O acidente
Em 22 de novembro de 2018, um carro desgovernado subiu a calçada da Avenida Getúlio Vargas, no Centro, e atropelou pelo menos duas pedestres. A outra vítima teve atendimento médico, mas foi liberada no mesmo dia.
Uma jovem de 22 anos morreu na manhã do dia 28/11 em Chapecó, no Oeste catarinense, por complicações do atropelamento na calçada ocorrido no dia 22/11. Taís Wengenovicz estava internada no Hospital Regional do Oeste. O caso será investigado pela 1ª Delegacia de Polícia de Chapecó.
O delegado Luiz Schaefer informou que a motorista envolvida no caso já estava solta e que ainda ia ser ouvida. A morte da jovem agravou o caso, que passou a ser tratado como homicídio.